O Plano Estratégico do Concelho de Aveiro, que está a ser elaborado pela Câmara, deverá estar concluído em finais deste mês, mas está longe de ser consensual.
Na apresentação público do relatório preliminar, em que participaram vários cidadãos e forças vivas da cidade, foram ouvidas críticas à "falta de ambição" e "falta de identidade" do PECA, que assenta a sua estratégia de projectos em áreas como a mobilidade, a sustentabilidade, o turismo, as novas tecnologias e o ambiente.
Belmiro Couto, empresário e antigo vereador da autarquia, focou as suas críticas na área do turismo, por considerar que os projectos apresentados se baseiam "apenas em bases de dados". Considera que é importante "ser-se ambicioso" e nesta área pensar, por exemplo, "na construção de um terminal de cruzeiros ou num porto de recreio para Aveiro".
André Costa, da Câmara de Aveiro, e um dos responsáveis pela elaboração do PECA em conjunto com a Sociedade Portuguesa de Inovação, considera que todas as críticas e sugestões "são bem-vindas", ainda assim, reitera que "alguns destes projectos constam do plano". "Temos previsto um porto de recreio, mas nem todas as pessoas conseguiram ler o documento que é extenso. Mas iremos ter em conta tudo o que nos for enviado".
Também Pompílio Souto, arquitecto, foi crítico em relação ao plano, sobretudo na área da educação. Disse lamentar que o PECA tivesse sido feito "tendo por base a Carta Educativa, que é um mau documento". "Estranho que o plano assente neste documento e não sugira a sua revisão".
André Costa disse, ao JN, que "qualquer projecto nesta área, sobretudo a construção de novos equipamentos, tem de ser feito de acordo com a Carta Educativa. Se assim não for, não teremos possibilidade de recorrer a financiamento", disse, acrescentando que a Carta "está a ser revista".
Via Jornal de Notícias
quinta-feira, 4 de março de 2010
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