Participei, recentemente, num Forum promovido pela Universidade do Minho e subordinado ao grande tema dos Produtos e Indústrias Culturais : dos Recursos à Comercialização. Na oportunidade, foram tratados temas como; Guimarães 2012, o Turismo Religioso, o Parque Arqueológico de Vale do Côa e o Museu de Alberto Sampaio, durante a primeira sessão. Na segunda sessão a temática foi a das Indústrias Culturais e Comercialização. Nesta, trataram-se temas como o Desenvolvimento da Marca, a Marca DARWIN, o método de criação, desenvolvimento e comercialização de destinos turísticos e por último a MARCA MINHO.
O denominador comum, deste Forum, correspondeu á constatação da existência em Portugal, de excelentes produtos culturais disponíveis e organizados no terreno, sendo contudo ainda deficitária a sua sustentação sem o recurso aos apoios do Estado. Surge evidente que o problema é o da comercialização e falta de consumidores nacionais e internacionais para estes produtos. A promoção é dispendiosa e as entidades não possuem orçamentos dimensionados a tal objectivo, ficando por isso, por uma acção mais limitada e muitas vezes engenhosa para se conseguir manter o espólio visitável e activo.
Sustentar produtos culturais de excelência, é um desafio que temos de saber ganhar e ultrapassar as dificuldades com que os diferentes operadores se debatem.
Vender cultura é difícil, mas é também um desafio que motiva uma análise cuidada. O turismo cultural é procurado por um número crescente de consumidores. É o sector do turismo que continua a crescer em termos mundiais a uma taxa de 6% ao ano. A oferta é muito rica e requer investimento para se afirmar nas grandes rotas internacionais de turismo cultural. Importa por isso sensibilizar os Operadores Turísticos para incluírem nos seus produtos a opção dos produtos culturais nacionais.
A MARCA MINHO, foi um dos temas do FORUM e ganhou notoriedade quando comparada com outras MARCAS internacionais como a GALIZA, DUBLIN e MADRID. O Conselho da Europa, elegeu como itinerário essencial, para a identidade cultural comum da Europa, a ROTA do BARROCO. Neste âmbito, a Rota do Barroco pode afirmar a cidade de Braga, como epicentro da MARCA MINHO. Lança-se aqui o desafio para que os operadores de turismo concentrem energias no desenvolvimento desta ROTA. Estou certo que a Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho e a TUREL estarão disponíveis para colaborar nesse objectivo.
Por Abílio Vilaça, no Correio do Minho
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
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